quarta-feira, 5 de março de 2014

Grupo Prato Feito investe na capacitação de PCDs

Primeira turma de projeto de inclusão conta com 13 alunos

A promoção de oportunidades para que pessoas com deficiência (PCDs) conquistem a inserção na sociedade e no mercado de trabalho norteia o Programa Alimentando a Inclusão e a Diversidade (PAID) Eficiência na Diferença do Grupo Prato Feito. Os 13 estudantes, que formam a turma inaugural do projeto do Grupo Prato Feito em parceria com o Senac, iniciaram as aulas no dia 17 de junho.
O planejamento pedagógico estipula que 400 horas destinadas às disciplinas teóricas serão lecionadas no SENAC de Santa Cruz do Sul/RS, enquanto as atividades práticas serão supervisionadas na sede administrativa do Grupo. Ao final do curso, os alunos estarão capacitados para desempenhar funções de apoio administrativo e escritório dentro da empresa.
O programa, que conta com matérias como informática e relações interpessoais, encontra apoio na lei federal 8.213 do ano de 1991, que exige a contratação de PCDs em empresas com mais de cem funcionários. Embora reforçada pela Lei da Acessibilidade de 2000, a inclusão enfrenta dificuldades de candidatos em todo território nacional.

LEGADO DE INCLUSÃO

Para Betina Bender, gerente de qualidade do Grupo, os PCDs reúnem totais condições para contribuir nos serviços oferecidos pela empresa. “Em um ambiente onde eles sintam-se adaptados, a tendência é que o deficiente encontre a satisfação profissional e domine a função”, revela Betina. Ela explica que a inclusão é uma preocupação histórica do Grupo. “Convivemos com um funcionário com limitações físicas que completará 16 anos de empresa em 2013”, cita a gerente de qualidade.
A analista de Recursos Humanos do Grupo, Rosane Blank, entrevistou os interessados em participar do projeto no Vale do Rio Pardo. “O PAID Eficiência na Diferença é uma oportunidade para o PCD mostrar que também é capaz de aprender, produzir e ser protagonista em sua carreira profissional”, justifica Rosane. Segundo ela, o treinamento irá utilizar ferramentas como a interação com colegas e ações que valorizem a diversidade dos estudantes.
O psicólogo Jorge Ribas salienta as ações que precederam o início das aulas da turma. Revela que encontrou dificuldades em encontrar o número necessário de alunos em função da desconfiança dos familiares com projetos similares. Para resolver esta questão, a equipe do Grupo organizou uma reunião explicativa envolvendo os pais dos PCDs, onde foi detalhado o programa de acompanhamento contínuo da empresa com os estudantes. Segundo Ribas, a oportunidade de acompanhar aulas práticas e teóricas foi um diferencial para a inscrição dos alunos.
Enquanto os alunos dedicam-se aos estudos visando à sonhada formatura em junho de 2015, os colaboradores da empresa passam por um trabalho de sensibilização realizado pelo SENAC. Nas palestras, os funcionários são incentivados a aceitarem a diferença em seus ambientes de serviço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário