segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Carnes natalinas podem ficar 15% mais caras nos supermercados

A ceia natalina pode ser mais cara este ano. Os frigoríficos estimam um aumento entre 10% e 15% nos preços das carnes consumidas na data, comparado ao mesmo período do ano passado

Segundo os fornecedores, não haverá aumento de margens, e sim repasse de custos, elevados pelo encarecimento de commodities como milho e soja. Mesmo com a alta, as empresas esperam um avanço de até 10% nas vendas de aves e suínos. Também estão investindo em produtos mais sofisticados e de fácil preparo para atrair o consumidor. Já a BRF Brasil Foods estima aumento de um dígito em volume e de dois dígitos em valor nas vendas de carnes natalinas. Os principais produtos em que a empresa aposta em maiores vendas são o Peru Sadia e o Chester Perdigão.

A Marfrig, dona das marcas Seara e DaGranja, espera um crescimento de 8% nas vendas. Só o Peru Seara e a Ave Classy representam mais de 50% do volume total dos produtos comemorativos da marca. A Coopercentral Aurora, que tem como destaque para a ceia a ave Blesser pronta para assar, prevê faturar entre 8% e 10% mais com o produto.

De acordo com Eduardo Bernstein, diretor de marketing da BRF, cerca de 1,3 mil domicílios novos passaram a consumir produtos natalinos da empresa em 2010.

Para Sussumo Honda, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o aumento dos preços ao consumidor deve ficar acima de 10%. A Brasil Foods prevê um incremento de preço ao varejo em torno de 15% e a Marfrig estima uma alta média de 10%.

Outra prática que vem ocorrendo desde o Natal de 2010 é a antecipação da chegada das carnes ao varejo, do fim para o início de novembro. A BRF espera um aumento de 10% no volume total de tender comercializado neste fim do ano.

Os supermercados o Walmart iniciaram as vendas da linha de aves, suínos e bacalhau no inicio do mês, antecipando-se em duas semanas com relação ao ano passado. A projeção de crescimento de vendas das aves e suínos na rede é de 10% sobre 2010. Mas a expectativa é maior para o bacalhau: alta de 20%.

Segundo dados da Nielsen, 47% da comercialização das carnes comemorativas ainda se concentram em dezembro, principalmente na semana do Natal.

Fonte: Valor Econômico

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