• Qual é a
importância da higienização das mãos?
Durante o surto da Gripe H1N1 em 2009, a população se
acostumou a higienizar as mãos para evitar o contágio; essa atitude não pode
ser esquecida. Lavar as mãos é preciso: este simples ato de higienização com
água e sabão ou detergente é suficiente para afastar até 80% das enfermidades
infecciosas causadas por microorganismos.
• Quando surgiu o conceito
de limpar as mãos?
Historicamente, o conceito de limpar as mãos com produtos
anti-sépticos surgiu no começo do século XIX, segundo dados da Associação
Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH). Em 1846, o
médico Ignaz Semmelweis determinou que estudantes e médicos do Hospital Geral
de Viena lavassem suas mãos com solução clorada, antes de atender os pacientes
na clínica obstétrica. Como resultado, a taxa de mortalidade materna reduziu
drasticamente, permanecendo baixa por vários anos.
O aumento na frequência de lavagem de mãos, por parte dos
médicos e enfermeiros dentro dos hospitais, demonstrou a queda na transmissão
de inúmeras enfermidades causadas por bactérias e outros microorganismos. É
evidente que a higienização não deve se restringir unicamente ao ambiente
hospitalar, devendo se estender aos hábitos cotidianos da população.
• A população tem o
hábito de lavar as mãos?
No período em que a mídia enfatizou a necessidade de
higienizar as mãos, como uma das medidas para evitar o contágio da gripe A
(H1N1) percebeu-se diminuição considerável de outras doenças (diarréia) com
mecanismo de transmissão pelas mãos. No entanto, com o passar do tempo, a
população se esqueceu da importância desta atitude e o índice de enfermidades infecciosas
voltou a aumentar
• Como surgem as
Bactérias multirresistentes?
Em hospitais, medidas para manter o controle da infecção
hospitalar, como a lavagem e anti-sepsia das mãos, são ainda mais rigorosas,
devido à complexidade do ambiente e dos pacientes que o frequentam. No entanto,
as bactérias estão sempre presentes, em todos os lugares. Cabe ao SCIH (Serviço
de Controle de Infecção Hospitalar), várias medidas de controle de infecção
hospitalar, entre elas:
- Busca ativa, medidas de precauções;
- Uso criterioso de antibióticos - usando-os somente de
forma adequada, evitará o surgimento de microorganismos com cepas
multirresistentes;
- Prática de supervisão e acompanhamento de resistência
bacteriana aos agentes antimicrobianos;
- Padronização de soluções germicidas;
- Controle nos processos de esterilização;
- Normativas junto aos diversos serviços;
- Visitas técnicas das diversas áreas do hospital;
- Treinamentos das várias equipes de saúde em controle de
infecção hospitalar.
Autor
Dra. Mirian T. M. Carvalho
Infectologista
do Hospital Santa Cruz, em Curitiba.
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