Primeira turma de projeto de inclusão
conta com 13 alunos
A
promoção de oportunidades para que pessoas com deficiência (PCDs) conquistem a
inserção na sociedade e no mercado de trabalho norteia o Programa Alimentando
a Inclusão e a Diversidade (PAID) Eficiência na Diferença do Grupo Prato
Feito. Os 13 estudantes, que formam a turma inaugural do projeto do Grupo Prato
Feito em parceria com o Senac, iniciaram as aulas no dia 17 de junho.
O
planejamento pedagógico estipula que 400 horas destinadas às disciplinas
teóricas serão lecionadas no SENAC de Santa Cruz do Sul/RS, enquanto as
atividades práticas serão supervisionadas na sede administrativa do Grupo. Ao
final do curso, os alunos estarão capacitados para desempenhar funções de apoio
administrativo e escritório dentro da empresa.
O
programa, que conta com matérias como informática e relações interpessoais,
encontra apoio na lei federal 8.213 do ano de 1991, que exige a contratação de
PCDs em empresas com mais de cem funcionários. Embora reforçada pela Lei da
Acessibilidade de 2000, a inclusão enfrenta dificuldades de candidatos em todo
território nacional.
LEGADO
DE INCLUSÃO
Para
Betina Bender, gerente de qualidade do Grupo, os PCDs reúnem totais condições para
contribuir nos serviços oferecidos pela empresa. “Em um ambiente onde eles
sintam-se adaptados, a tendência é que o deficiente encontre a satisfação
profissional e domine a função”, revela Betina. Ela explica que a inclusão é
uma preocupação histórica do Grupo. “Convivemos com um funcionário com
limitações físicas que completará 16 anos de empresa em 2013”, cita a gerente
de qualidade.
A
analista de Recursos Humanos do Grupo, Rosane Blank, entrevistou os
interessados em participar do projeto no Vale do Rio Pardo. “O PAID Eficiência
na Diferença é uma oportunidade para o PCD mostrar que também é capaz de
aprender, produzir e ser protagonista em sua carreira profissional”, justifica
Rosane. Segundo ela, o treinamento irá utilizar ferramentas como a interação
com colegas e ações que valorizem a diversidade dos estudantes.
O
psicólogo Jorge Ribas salienta as ações que precederam o início das aulas da
turma. Revela que encontrou dificuldades em encontrar o número necessário de
alunos em função da desconfiança dos familiares com projetos similares. Para
resolver esta questão, a equipe do Grupo organizou uma reunião explicativa
envolvendo os pais dos PCDs, onde foi detalhado o programa de acompanhamento
contínuo da empresa com os estudantes. Segundo Ribas, a oportunidade de
acompanhar aulas práticas e teóricas foi um diferencial para a inscrição dos
alunos.
Enquanto
os alunos dedicam-se aos estudos visando à sonhada formatura em junho de 2015,
os colaboradores da empresa passam por um trabalho de sensibilização realizado
pelo SENAC. Nas palestras, os funcionários são incentivados a aceitarem a
diferença em seus ambientes de serviço.
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